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domingo, 18 de abril de 2010

INFORMAÇÕES: HOMENAGEM A GRETA GARBO

"A Mulher do Século - que passou metade dele tentando se esconder."

Assim o jornalista Barry Paris definiu Greta Garbo, estrela maior do cinema nas décadas de 20 e 30. Uma afirmação com conhecimento de causa, já que foi o autor de "Garbo", biografia da atriz. Fato é que Greta provocou grande fascínio, não apenas no público mas também entre seus pares. Marlene Dietrich e Bette Davis, também ícones da sétima arte, se renderam ao mistério por trás daquele rosto magnético, que (quase) nunca sorria. O mistério de sua vida pessoal também alimentava o mito que, pouco a pouco, se tornava.
A fama de Garbo começou ainda na década de 20, no período do cinema mudo. Destacou-se pelo modo como conseguia se expressar emocionalmente, usando o corpo e, em especial, o rosto. Muitos acreditavam que ela não resistiria à chegada do som ao cinema, sendo mais uma carreira destruída pela novidade. Pois Garbo não apenas venceu, como também viveu seu auge. Foi nesta fase que conseguiu sua primeira indicação ao Oscar, com Anna Christie (1930). Depois vieram outras três, por Romance, A Dama das Camélias e Ninotchka. Sempre derrotada.
Extremamente reservada, pouco se sabia sobre sua vida pessoal. A frase "I want to be alone" ("quero ficar sozinha"), por ela dita em Grand Hotel (1932), tornou-se um prenúncio do que estava por vir. O sucesso de Garbo fez com que se tornasse cada vez mais poderosa na MGM, o que lhe trazia prestígio mas também problemas. Seu salário aumentava cada vez mais e a sociedade da época não estava habituada com uma mulher tão influente.

Em 1941, Garbo atuou em Duas Vezes Meu. Foi um estrondoso fracasso, comercial e de crítica. Aos 36 anos, tomou a drástica atitude de abandonar a carreira. Viveu reclusa, incomunicável com o meio cinematográfico. Nem quando a Academia decidiu homenageá-la com um Oscar especial, em 1955, compareceu para recebê-lo.
Em 1984 seu isolamento virou tema de um filme, dirigido por Sidney Lumet e estrelado por Anne Bancroft. Fala Greta Garbo trazia a história de uma fã da atriz que, após saber que sofria de câncer terminal, resolve encontrar seu ídolo a qualquer custo. O mito já estava estabelecido. Garbo era símbolo de excelência e também de reclusão absoluta.
Seis anos depois, Garbo faleceu. Internada no New York Hospital quatro dias antes, não resistiu a uma pneumonia. Era domingo de Páscoa. Seu corpo foi cremado e, tempos depois, as cinzas foram depositadas em um cemitério de Estocolmo, sua cidade natal.
Greta Garbo viveu 84 anos e, deles, apenas 20 foram dedicados ao cinema. Período suficiente para sua ascensão e consagração. Está no panteão das grandes estrelas da história do cinema, ao lado de nomes como Laurence Olivier e Marlon Brando.
Há 20 anos atrás, Greta Garbo nos deixou. Prestamos nosso reconhecimento à atriz e ao que representou para o cinema através desta matéria especial. Afinal de contas, é também graças ao seu trabalho que o cinema se tornou a sétima arte da humanidade

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